Ciao Querido
          Francesco 
            Conte
           Há 
            pessoas que fazem a diferença. Giuseppe D’Angelo fez 
            diferença em minha vida. Nascemos no Sul da Itália: 
            ele em Ginosa (Puglia) e eu em Catelluccio Superiori (Basilicata) 
            mas, nossos destinos cruzaram-se, pela primeira vez, em 2000, no evento 
            Rio-Roma Americana, na Academia Brasileira de Letras. Naquela ocasião, 
            nossos olhos se tocaram e, sem que eu o conhecesse e tampouco ele 
            a mim, começamos a conversar, com afinidade de antigos amigos.
Há 
            pessoas que fazem a diferença. Giuseppe D’Angelo fez 
            diferença em minha vida. Nascemos no Sul da Itália: 
            ele em Ginosa (Puglia) e eu em Catelluccio Superiori (Basilicata) 
            mas, nossos destinos cruzaram-se, pela primeira vez, em 2000, no evento 
            Rio-Roma Americana, na Academia Brasileira de Letras. Naquela ocasião, 
            nossos olhos se tocaram e, sem que eu o conhecesse e tampouco ele 
            a mim, começamos a conversar, com afinidade de antigos amigos. 
            
            Mas, afinal, quem era aquele homem amável que encrustou indescritível 
            fascínio em meu espírito? A ponto de eu abrir-lhe, naturalmente, 
            as portas de meu coração e falar-lhe da profunda tristeza 
            que sentia pelo recente falecimento de meu pai, Giovanni Conte. O 
            homem, de silhueta singular, que, generosamente me ouvia, disse-me 
            com ternura: “a gente nunca morre quando vive no coração 
            de alguém” as suas palavras me reconfortaram e, acima 
            de tudo, me ensinaram a reviver. Num gesto uma biografia. O mestre 
            D’Angelo não era apenas intelectual e polemista de primeira 
            linha, senão também um visionário e idealista 
            que emprestou o dinamismo de suas idéias e a sua luminosidade 
            para reinventar um mundo melhor para se viver, mais igual , justo 
            e fraterno.
            A irreverência morava em sua personalidade. Entusiasmo e empolgação 
            sempre estiveram presentes em seu horizonte. Com extraordinária 
            capacidade criadora, era severo nos seus diagnósticos e otimista 
            nas suas ações e variegados projetos. D’Angelo 
            tinha o poder mágico de incentivar, valorizar e reanimar as 
            pessoas. Seu firme compromisso era com o ser humano. Tonino foi um 
            grande arquiteto que construiu pontes para aproximar e unir as pessoas: 
            por suas mãos tive o privilégio de conhecer pessoas 
            fantásticas, como o Dr. Maiolino e Don Filippo Santoro. 
            Há pessoas que nascem póstumas Giuseppe D’Angelo 
            deixou-nos precioso legado: a sua inabalável crença 
            no projeto humano. A sua ausência física, que me fez 
            órfão pela segunda vez, entretanto é confortada 
            pela sua enorme presença na minha lembrança e no meu 
            coração. Arrivederci, Tonino.
          Francesco Conte 
            - Procurador Geral do Estado do Rio de Janeiro