Exmo.
Senador Edoardo Pollastri, Até o mês passado estávamos
aqui trabalhando pelo sucesso das atividades em prol da coletividade
italiana no Brasil e lamentávamos não termos conseguido
eleger um representante no Parlamento italiano. Escrevi, aqui neste
espaço, sobre a derrota nas urnas sofrida pelo nosso país,
assim como o cônsul Marco Marsilli e até mesmo você,
ou melhor, Vossa Excelência Sr. Senador, deram entrevistas com
depoimentos desenganados. Pois bem, graças ao pedido de recontagem
de votos, iniciativa da coligação derrotada de centro-direita,
hoje podemos contar com um representante no Senado. Inscrito na lista
do partido de centro-esquerda “A União”, no dia
24 de abril tivemos a confi rmação de sua eleição
com mais de 18 mil votos. Nossas expectativas são muitas. Sabemos
da sua profunda relação com a comunidade ítalo-brasileira
e nossas esperanças se renovam. Não estamos mais órfãos.
É inegável que perdemos um eficiente executivo, responsável
pelas atividades da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio
e Indústria de São Paulo, tendo sido o presidente responsável
pela dinamização de seus serviços. Porém,
depositamos a esperança de que sua voz defenderá os
interesses dos mais de 25 milhões de ítalo-brasileiros
junto ao Governo italiano.
Vossa Excelência, que
nasceu na província de Alessandria, em 27 de agosto de 1932,
e fixou residência no bairro de Higienópolis, São
Paulo, tornando-se, entre outros, presidente das Indústrias
Alimentícias Visconti e da Escola Italiana Eugenio Montale,
sabe da importância de nossas instituições. Assim
sendo, aguardamos ansiosos por suas iniciativas.
Se
aqui estivesse, Vossa Excelência talvez não pudesse exercer
suas ativi dades normalmente por estes dias. Isso porque São
Paulo está em pânico devido à guerra entre o tráfi
co e a polícia. O Estado chegou até a pedir aos bandidos
do PCC, responsáveis pelo caos, que parassem com os ataques
e negociou mordomias aos seus líderes nas prisões. Pesquisa
encomendada pelo Ministério Público de São Paulo
mostra que a corporação paulistana soluciona apenas
20% dos homicídios registrados nas delegacias da capital. Nos
EUA, a média nacional das polícias para esse tipo de
delito é de 66%. Ou seja, a impunidade por aqui é garantida.
E, apesar de sermos uma federação, não existem
articulações entre União, Estados e municípios
para agir tanto na prevenção como na repressão
aos crimes. Mas as eleições estão chegando e
com elas virão novas promessas de investimento na educação,
no social...
Exmo. Pollastri, e por falar
em bandidagem, o que dizer da vergonha no Campeonato Italiano de futebol?
É realmente impressionante como Brasil e Itália caminham
juntos até mesmo neste setor. Claro que me refi ro ao escândalo
no campeonato brasileiro do ano passado. Pois agora aconteceu o
mesmo por aí. Sob o nobre manto do esporte surgem relações
duvidosas entre política e finanças e até a camorra.
Agora o mercado dos árbitros fez os apaixonados italianos chorarem.
As comemorações dos torcedores da Juventus pelo título
foram as mais tristes de todos os tempos. Todos se sentiram enganados
pelo envolvimento dos dirigentes da Juve com o escândalo. Sinceramente,
já apreciei muito o futebol, mas a magia que atrai multidões
aos estádios mundo a fora está cada vez mais nas mãos
de uma indústria. Uma indústria que me fez parar de
sonhar com os formidáveis toques de gênios. Hoje, o esporte
está associado a dinheiro, poder, violência e intolerância.
Vou esperar pelas novidades da Copa e esperar que os bons craques
canarinhos e da azzurra nos façam um pouco mais felizes. Ao
chegar ao fim de minhas disponíveis linhas, despeço-me
com meu reconhecimento pela sua luta, Exmo. Senador, mas antes gostaria
de lhe fazer um pedido: não deixe de lado aqueles que depositam
confi ança no seu mandato.
No aguardo de suas notícias, as mais cordiais saudações.
Pietro
Petraglia
Poesia e scienza
Quasi una cronistoria
Por Marco Lucchesi
Con un piccolo cannocchiale e un atlante
celeste io cercavo, all’età di tredici anni, di decifrare,
sgangherato e a bocca aperta, i complicati arabeschi con cui gli uomini
mapparono il cielo. Dicembre terminava, e la storia della mia solitudine
acquisiva uno strano componente notturno. E tremavo con Pascal davanti
al Silenzio. E mi immergevo con Leopardi nell’Infi nito. Da
una parte, le stelle del firmamento. Dall’altra, le mie divagazioni
trapassate dall’incer tezza. Che altro avrei potuto aspettarmi
di vedere oltre allo zodiaco della vita? Specchi che mi rifl ettessero
e mi demarcassero il volto della mia transitorietà. Il resto
di una stella contemplando la propria origine. Sognando il ritorno.
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Anche il Brasile ha il suo senatore
Por Ana Paula Torres
- correspondente - Roma
Dopo giorni di intensi lavori per eleggere il presidente del
Senato, il neosenatore Edoardo Pollastri ha aperto le porte della
sua casa romana per concederci un’intervista. Ha parlato della
sua gioia di poter rappresentare gli italiani residenti all’estero
e della immensa voglia di contribuire per intensificare i rapporti
tra Italia e Brasile.
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Santo paese!
Por Rosangela Comunile
All’innalzarsi
della statua, preghiere e lacrime. Sul viso di circa cinquemila fedeli,
la nostalgia. L’emozione era tanta per i calabresi che passavano
per la festa di San Francesco di Paola, a Barra da Tijuca, a Rio de
Janeiro, negli ultimi 5, 6 e 7 di maggio, che la semplice e piccola
cittadina di Paola, in Cala bria, sembrava fosse stata trasportata
verso una della più ricche regioni di Rio de Janeiro
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Azzurra ou Canarinho?
Por Renata Gonçalez e Rosangela Comunale
Às
vésperas da Copa do Mundo, uma dúvida cruel paira entre
amantes do futebol que possuem origem italiana. Afinal, tanto a camisa
amarela quanto a azul esbanjam raça, carisma e, sobretudo,
tradição de, juntas, vestirem oito títulos mundiais.
É difícil não dividir o coração
entre Brasil e Itália.
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E a Copa parou no Rio...
Por Luciana Bezerra dos Santos
Enquanto todos os cantos do planeta se preparam para a Copa
do Mundo, que acontecerá em junho, na Alemanha, a ‘redondinha’
já desliza solta pelos gramados do Rio de Janeiro. Calma, não
estamos falando do campeonato brasileiro, mas, sim, da Copa dos Imigrantes
— torneio que acontece a cada dois anos — e promete agitar
os torcedores mais fanáticos das colônias estrangeiras
da cidade. Na disputa, equipes da Angola, Argentina, Cabo Verde, Espanha,
Israel, Itália, Japão, Polônia, Alemanha e Portugal
brigam pelo título. A Copa dos imigrantes, cujo objetivo é
integrar as comunidades estrangeiras existentes no Brasil, foi criada
há 14 anos e já revelou craques que brilharam em times
profi ssionais, como Rogério, que jogou no Fluminense, em 1994,
e Lean dro, que atuou no Valência, em 2000.
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Bola murcha
Por Guilherme Aquino
Milan e Juventus
chegaram na reta final do campeonato italiano com apenas três
pontos de diferença um do outro. O time de Turim, contudo,
acabou campeão. Mas, ao que tudo indica, deste campeonato saem
perdedores todos os clubes, torcedores, patrocinadores. A vitória
da “Velha Senhora” tem um sabor amargo. O clube ganhou,
mas pode não levar o troféu. E o pior, ou melhor, dependendo
do ponto de vista: a Juventus corre o risco de ser rebaixada por causa
do escândalo que sacode os alicerces corroídos do futebol
italiano. As ações do clube na Bolsa de Valores de Milão
despencaram 14% em apenas um dia e os contratos milionários
de direitos de imagem poderão ser revistos. O presidente do
Milan, Silvio Berlusconi, já esbravejou que quer os dois últimos
“scudetti” perdidos para a Juventus. “Estamos cansados
de sofrer injustiças”, disse ele.
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Desenho brasileiro, 'anima' italiana
Por Nayra Garofle
Há
quase 50 anos surgiu na Itália o “Signor Rossi”,
personagem de desenho animado mais famoso criado pelo milanês
Bruno Bozzetto. Entre vários curtas e longas-metragens, o animador
italiano tornou-se conhecido nacional e internacionalmente, quando
foi indicado para concorrer a prêmios como o “Urso de
Ouro de Berlim” e o Oscar. Com a chegada da informática,
Bozzetto se especializou e, entre 1999 e 2003, criou outros curtas
mas, dessa vez, com a ajuda de um programa de computador.
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Di vento in poppa
Por
Luciana Bezerra dos Santos
Appassionati
di barche e curiosi hanno dovuto aver pazienza per muoversi dei
corridoi del maggior salone nautico del paese, il Rio Boat Show 2006,
realizzato tra il 6 e il 14 aprile alla Marina da Gloria, Rio de Janeiro.
L’evento, a cui hanno partecipato circa 50mila persone, dovrà
dar origine fino a dicem- bre ad un giro d’affari di circa US$
45 milioni, secondo gli organizzatori. Sono stati oltre 100 espositori,
che hanno presentato le ultime novità del mercato nautico,
motori e attrezzature, cosí come prodotti per immersione e
vela. Tra gli espositori, i punti forti sono stati sei importanti
fabbricanti di imbarcazioni italiani, desiderosi di concludere affari
con il mercato brasiliano. Secondo l’ambasciatore d’Italia
in Brasile, Michele Valensise, alcuni di questi fabbricanti hanno
già concluso affari con il Brasile.
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Nem Garibaldi soube disso
Por Luciana Bezerra dos Santos
O
herói italiano, que liderou, com Bento Gonçalves, a
revolta gaúcha dos Farrapos do século 19, sequer imaginaria
que uma cidade dos pampas, onde nunca botou os pés, levaria
o seu nome. E a bela Garibaldi, graças ao xará famoso,
transformou-se na terra do champanhe e é uma das cidades do
Sul mais procuradas por turistas internacionais.
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Um ator 'rock'
Por
Rosangela Comunale
Se
tivéssemos que defi nir o ator Ricardo Petraglia, a letra da
música “O tempo não pára”, de Cazuza
e Arnaldo Brandão, cairia como uma luva. E não é
para menos. São 55 anos de vida, dos quais 38 nos palcos —
inclusive como cantor —, em sets cinematográficos e em
estúdios de TV, e uma incontrolável vontade de inovar
continuamente. Quando menos se espera, o ator aparece com uma novidade
artística. O próximo capítulo tem como enredo
o Mobi Dick, um programa musical na Rádio Metropolitana AM
(1090 KHz RJ). A apresentação, segundo Petraglia, será
das segundas às sextas- feiras, das 18 às 19h.
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Seduzidos pelo paladar?
Por
Luciana Bezerra dos Santos
Porto
Seguro (BA) — A chamada dieta mediterrânea agora faz parte
do cardápio de restaurantes brasileiros, principalmente nas
cidades onde há forte propensão turística. Baseada
no consumo de frutas, legumes, verduras, peixe, grãos, azeite
de oliva e vinho (com moderação), a dieta, comum na
França, Itália e Grécia, vem sendo difundida
em Porto Seguro, que apesar de descoberta por portugueses há
500 anos hoje é, literalmente, adotada como “segundo
lar” de muitos italianos. Conforme publicou a Comunità
em sua edição de abril, cerca de mil deles vivem na
região. Há seis anos, o chef e proprietário do
restaurante Recanto do Sossego, Ettore Dertoni, trocou a fria Itália
pelo calor e simpatia de Porto Seguro, a 730 quilômetros de
Salvador, na Bahia. A casa, que tem 34 funcionários diretos
e indiretos, atende na alta temporada cerca de 400 pessoas por dia
e 100 na baixa. É no restaurante que Dertoni prepara um verdadeiro
manjar dos deuses: o grelhado de frutos do mar, um dos pratos mais
pedidos entre os turistas que visitam a região. Iguaria famo
sa da costa do mediterrâneo e que faria até mesmo Pedro
Álvares Cabral querer redescobrir o Brasil.
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